Independente se é casamento
ou não, a monotonia a dois sempre pesa, acordar diariamente com uma pessoa e
conhecer cada vez mais seus defeitos, até mesmo aqueles que você nunca
imaginava, é um banho de água fria em qualquer relacionamento. Antes de
escolher ter uma vida a dois, dividindo toalhas e meias é necessário ter muito
jogo de cintura. Se souber se controlar e respeitar, essa união pode sim ser
muito saudável e cada vez mais apaixonante, siga as dicas da psicóloga Dinorá
Paiva e da Única e tenha o seu tão esperado “final feliz”.
1- Você chegou em casa e ...
Está tudo bagunçado. Toalha
molhada no chão, copos e pratos no cantinho do sofá, sapato na cozinha, sujeira
de cachorro pela casa inteira, e o seu marido ou parceiro, deitadinho dormindo
no quarto. Se no começo da união a dois você não deixar claro que precisa da
ajuda dele para manter a casa em ordem, essa história vai virar rotina.
2- Monotonia e rotina
“O que incomoda,
realmente, é a monotonia e não a rotina. Esta, pelo contrário, é necessária
para que um casal, uma família ou qualquer outra pessoa viva de forma saudável.
Todos nós precisamos de certo grau de organização em todos os setores de nossas
vidas. Temos horários para acordar, para entrar no trabalho, para levar as
crianças à escola, para fazer as refeições diárias, para dormir, assim como
temos dias reservados para o lazer. Não há como fugir disso e os casais
precisam saber lidar com esse dia-a-dia, tornando-o harmonioso e prazeroso para
ambos. É absolutamente possível viver uma rotina saudável, porém introduzindo
nela a criatividade e a novidade, para que esse relacionamento não se torne sem
graça, frio e monótono”, diz Dinorá.
3- Não é a mamãe
Desde o início tem que ficar
claro que você não substituiu a mãe dele. Agir como mulher é fundamental,
principalmente nessa fase em que o sexo passa a não ser tão frequente.
4- Anos de união ou casamento, mais e o
sexo?
Para
a maioria dos casais que convivem diariamente juntos, o sexo passa a ficar em
segundo plano, e nessas horas o diálogo é fundamental. “Buscar juntos a solução
é a melhor saída para o casal. Quem sabe não é a hora de deixar alguns tabus de
lado e dizer abertamente o que deseja? Quem sabe, também, não é a hora de
conversar abertamente com seu parceiro e conhecer mais a fundo seus desejos? O
maior problema não está na diminuição da frequência sexual entre o casal, mas
na ausência de diálogo, de criatividade e, principalmente, na resistência que
muitos casais ainda têm em conversar sobre sexo abertamente e com
naturalidade”, relata Dinorá.
5- Igualzinho um Kinder Ovo
Vocês resolveram morar
junto, você, ele e mais o “elemento surpresa”. O casal quando passam a conviver
no mesmo teto são diferentes de quando namoravam. As ações e reações mudam e
vocês começam a perceber os defeitos de cada um. E aquela pessoa que você
conhecia como a palma de sua mão, passa a ser um estranho (a).
6- Não me toques
Pronto,
o bonitão acordou de mal humor, e o pior de tudo é que parece que contagiou
você. Tome um banho bem gostoso, relaxe e vá trabalhar. Cada um tem seus
problemas, sendo assim, é melhor se preocupar só com os seus.
7- Cadê o dinheiro?
Quando
namoravam ele pagava tudo, era aquele cara mão aberta que também adorava dar
presentes. Agora é hora de dividir as despesas e torça para continuar ganhando
pelo menos uma lembrancinha no seu aniversário.
8- O brinde da união, A Sogra!
Casou
e veio a sogra de brinde? Tem que passar os finais de semana na sogra? Quem
casa quer sossego e vida apenas a dois, a sogra e o sogrinho que me desculpem,
mas todo dia e toda hora, não dá!
9- Eu te amo
Falar
eu te amo é fácil, até um papagaio ensinado pode falar, o que realmente conta
em um relacionamento são as atitudes. Parar um momento para ouvir seu parceiro
(a), participar de todos os momentos, não só os felizes. Dar carinho, atenção e
mostrar que realmente se preocupa, isso sim é amor!
10- Não deu certo, não foi como
imaginava. E agora?
Para a psicóloga Dinorá, casais
que se unem, seja por amor ou por qualquer outro motivo, criam um laço que,
quando cortado, causa dor. Essa dor, intensa ou não, porém inevitável naquele
momento, resultará em
sofrimento. E da mesma forma que a felicidade deve ser
intensamente vivida, o sofrimento também. Sim, também! Algumas pessoas choram,
outras buscam um ombro amigo, outras preferem o isolamento, entre outras tantas
maneiras particulares de vivenciar este momento. No entanto, todo sofrimento
pode - e deve – ser vivido de forma saudável, mesmo que isso pareça
contraditório. E sofrer saudavelmente significa dar a si mesmo o direito de
ficar triste, de chorar quando e sempre que tiver vontade; porém amando-se,
respeitando-se e reconstruindo sua vida. Fugir da dor é impossível, mas podemos
escolher o que fazer com o sofrimento: se vamos alimentá-lo ou, simplesmente,
deixá-lo morrer.
11- Falta de privacidade pode ser fatal
Todo mundo quer ter seu momento
a sós, para ler um livro, escutar uma música, fazer aquela comidinha que gosta,
mas quando um casal se une, isso parece ser difícil e até mesmo impossível.
Porém é possível contornar essa situação. “Existem muitos casais que, por
exemplo, optam por dormir em quartos separados, não porque o casamento está
acabando, mas porque ambos desejam manter sua privacidade. E por mais que
alguns não acreditem (ou não concordem), esses casais são absolutamente
felizes. Quando querem ficar juntos, ficam. Quando um deseja ler um livro
enquanto o outro deseja dormir, cada um vai para o seu quarto e não haverá
desentendimentos desnecessários. Manter algumas tradições, apenas porque a
sociedade acredita ser “o mais correto”, não será garantia de felicidade”,
explica a psicóloga.
12- Enfim, um final feliz
Casamento, ou qualquer outra
forma de união é muito relativo. Tem pessoas que são muito felizes, outras que
possuem apenas momentos felizes, ou então também tem aquelas que sofrem. Qual
será o segredo, para um amor ou felicidade eterna? Para Dinorá o segredo está
no respeito. “Este está na base de qualquer sentimento e relacionamento. E
quando eu falo em respeito, me refiro a aceitar o outro na sua individualidade,
nos seus gostos, opiniões e naquilo que ele é diferente de você. Se você não é
capaz de aceitar o outro como ele é e acredita que poderá mudá-lo, desista!
Casamentos nunca foram e nunca serão mares de rosas. Se na primeira crise ou
desentendimento nós decidimos ‘abandonar o barco’, continuaremos em busca de
uma ‘pessoa ideal’ que nunca encontraremos, porque a ‘pessoa ideal’ não existe
fora da fantasia, da imaginação ou dos contos de fadas. E nós estamos falando
de realidade. Conviver é uma arte, e das mais difíceis”, finaliza.
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